Estamos comemorando os 80 anos da Guerra de Inverno, a famosa e desastrosa invasão da Finlândia pela União Soviética. Além do texto da postagem estou compartilhando também um podcast fantástico sobre o assunto com o meu amigo Vitor Hugo Crespo. Gravamos esse especial para o Frontcast, o seu podcast de história militar. Temos também dicas de filme e livros.
As Causas da Invasão - A região da Finlândia pertencia a Suécia, mas em 1809 o Império Russo invadiu a Suécia e se apossou de um vasto território na fronteira norte sueca, colocando o nome de Finlândia, mas que não passava de um Estado fantoche da Rússia para se proteger contra o seu inimigo sueco ao norte. Se aproveitando dos eventos da Primeira Guerra Mundial, em 1917 a Finlândia se declarou independente da Rússia. Em 1920 os comunistas soviéticos reconheceram e assinaram a independência da Finlândia, mas as relações sempre foram frias e distantes. Durante os anos 30 assinaram pactos de não agressão, mas Stálin ainda estava com seus olhos voltados para a Finlândia, e assim que tivesse oportunidade, pretendia corrigir um erro histórico como ele mesmo dizia e se apossaria novamente da região.
O Prelúdio - Entretanto a Rússia voltou seus olhos primeiramente para a Polônia, eles tinham um pacto de não agressão com a Alemanha Nazista (Ribbentropp - Molotov) assinado em 23 de agosto de 1939 que na verdade não passava de uma trégua momentânea, visto que fascistas e comunistas se odiavam. Rússia e Alemanha invadiram a Polônia em setembro de 1939, enquanto os poloneses fugiam dos alemães foram cercados pelos Russos no Leste. A maioria dos oficiais foram presos e assassinados covardemente no Massacre de Katyn, calcula-se mais ou menos 22 mil oficiais massacrados na Floresta de Katyn e arredores a partir de 05 de março de 1940. Em 1943 os nazistas descobriram as valas, mas os russos atribuíram a culpa aos alemães. Somente em 2004 foi concluída a verdade sobre os fatos, e os atos foram condenados sob a responsabilidade de Stálin e seus oficiais em 2010.
A União Soviética exigia que a Finlândia concordasse em mover a fronteira mais 25 km para além de Leningrado, que nesta altura estava apenas a 32 quilômetros da fronteira. E também exigiu que a Finlândia emprestasse a península de Hanko à União Soviética por 30 anos para a criação de uma base naval lá. Em troca, a União Soviética oferecia uma grande parte da Carélia (com o dobro da área, mas menos desenvolvida). Mas o governo finlandês recusou-se a seguir as exigências soviéticas. A 26 de novembro, os soviéticos simularam um bombardeamento finlandês contra Mainila, um incidente no qual a artilharia soviética bombardeou áreas perto da vila russa de Mainila, procedendo ao anúncio que um ataque de artilharia finlandesa tinha matado tropas soviéticas, uma verdadeira mentira e pretexto para invadir a Finlândia. A União Soviética exigiu que os finlandeses pedissem desculpas pelo incidente e movessem as suas forças 20 a 25 quilômetros da fronteira. Os finlandeses negaram qualquer responsabilidade pelo ataque e recusaram-se a seguir as indicações soviéticas. A União Soviética utilizou isto como uma desculpa para quebrar o pacto de não-agressão.
A Invasão - A 30 de novembro, as forças soviéticas atacaram com 23 divisões, totalizando 450.000 homens, que rapidamente alcançaram a Linha Mannerheim. A força soviética contava ainda com o apoio de 3 mil blindados e quase 4 mil aviões que foram concentrados ao longo da fronteira com a Finlândia. Inicialmente os finlandeses mobilizaram um exército de 180.000 homens; as tropas finlandesas mostraram ser adversários temíveis, empregando táticas de guerrilha, tropas de esqui de rápida movimentação com camuflagem branca, e que utilizavam os seus conhecimentos locais. Uma bomba improvisada adaptada da Guerra Civil Espanhola foi utilizada com grande sucesso, e ganhou fama com o nome de coquetel Molotov para ridicularizar o Ministro Soviético das Relações Exteriores. Ela foi aperfeiçoada e fabricada em grande escala numa fábrica finlandesa.
As condições de inverno em 1939-1940 eram duras; as temperaturas de -40º não eram raras, e os finlandeses conseguiram utilizá-las para sua vantagem. Frequentemente, os finlandeses optavam por não atacar os soldados inimigos convencionalmente, mas em vez disso atacar as cozinhas de comida (que eram cruciais para a sobrevivência soviética) e matar tropas soviéticas que se aqueciam à volta de fogueiras, realizando ações de guerrilha, a famosa guerra esquisita. Durante a campanha os finlandeses engajaram 250 mil homens, mas apenas 32 blindados e 100 aviões. Stálin acreditava que seria uma vitória rápida e esmagadora, mas estava muito enganado. Até o final da Guerra de Inverno, Stálin seria obrigado a enviar mais de 750 mil soldados.
Além disso, para surpresa de ambos os líderes soviéticos e dos finlandeses, a maioria dos socialistas finlandeses não apoiavam a invasão soviética mas lutavam lado a lado com os seus compatriotas contra o inimigo comum. Muitos finlandeses comunistas mudaram-se para a União Soviética nos anos 1930 para construir o socialismo mas apenas para acabarem como vítimas do Grande Expurgo de Stálin, que conduziu à grande desilusão e até ódio contra o regime soviético por entre os socialistas na Finlândia. Outro fator foi o avanço da sociedade finlandesa e das leis após a guerra civil que ajudaram a diminuir as diferenças entre as diferentes classes da sociedade. Esta cura parcial das feridas do pós-guerra civil na Finlândia (1918), e do conflito da língua finlandesa, são ainda referidos como o espírito da Guerra de Inverno, embora deva ser referido que muitos comunistas não eram autorizados a lutar no exército finlandês por causa dos seus ideais políticos.
A Finlândia tinha uma força de 130 mil homens e 500 canhões no istmo da Carélia, o principal teatro da guerra, e os soviéticos atacaram com 200 mil homens e 900 canhões. Os soviéticos enviaram mil carros de combate para a frente, mas foram mal utilizados e sofreram grandes perdas. Os soviéticos não estavam à espera de grande luta por parte dos finlandeses e começaram a invasão com bandas a marchar antecipando uma vitória rápida. Registros históricos contam que os soldados russos avançavam no início em direção às linhas finlandesas de braços dados, cantando hinos soviéticos. Devido aos expurgos de Stálin, os comandantes do Exército Vermelho tinham tido 80% das suas perdas durante o tempo de paz. Estes eram frequentemente substituídos por pessoas menos competentes mas "leais" aos seus superiores, desde que Stálin tinha supervisionado os seus comandantes com comissários ou oficiais políticos. Táticas que eram obsoletas já no tempo da Primeira Guerra Mundial eram empregues, com a obrigação de serem seguidas ao detalhe. Muitas tropas soviéticas foram simplesmente perdidas devido ao seu comandante se recusar a retirar ou estar impedido de o fazer, pelos seus superiores.
O Desenvolvimento da Guerra de Inverno - O exército soviético estava mal preparado para a guerra durante o inverno, particularmente em florestas, e utilizava veículos motorizados extremamente vulneráveis. Estes veículos eram mantidos a trabalhar 24 horas por dia de modo ao seu combustível não congelar, mas continuaram a haver registos de motores a quebrar e de falta de combustível. Uma das perdas mais marcantes na história militar é o tão chamado Incidente de Raatteentie, durante a Batalha de Suomussalmi. A 44.ª Divisão de Infantaria Soviética (de 25 mil soldados) foi completamente destruída após marchar numa rua estreita de uma floresta até a uma armadilha da unidade finlandesa Osasto Kontula (de 300 homens). Esta pequena unidade parou o avanço da Divisão Soviética, enquanto o coronel finlandês Siilasvuo e a sua 9.ª Divisão (de 6 mil homens) cortou a rota de retirada soviética, dividindo a força inimiga em unidades menores, destruindo unidade por unidade. Em adição, as tropas finlandesas tomaram 43 carros de combate, 71 canhões de artilharia e de defesa antiaérea, 29 canhões anticarro, VBTPs, tratores, 260 caminhões, 1170 cavalos, armas de infantaria, munição, material de comunicações, medicamentos e botas de inverno.
A falta de equipamento finlandês também era um problema. No início da guerra, apenas os soldados que tinham recebido treino básico tinham uniformes e armas. O resto dos soldados tinha de fazer a sua própria roupa e uma insígnia semelhante era depois adicionada. Estes uniformes recebiam a alcunha de Modelo Cajander, segundo nome do primeiro-ministro Aimo Cajander. Os finlandeses aliviavam a sua falta de equipamento fazendo uma utilização intensiva de equipamento, armas e munições capturadas do inimigo. Por sorte, o exército não tinha alterado o calibre das suas armas após a independência e conseguia assim utilizar a munição soviética. Ironicamente, o envio de soldados mal treinados conduziu as tropas soviéticas diretamente para as mãos dos finlandeses, permitindo a ampla oportunidade mais tarde de capturar o equipamento.
A guerra aérea durante a Guerra de Inverno - A guerra aérea viu a formação inovadora finlandesa, "quatro dedos", de combate aéreo (quatro aviões, divididos em duas unidades de dois aviões, uma unidade a voar a baixa e a outra a alta altitude, cada avião combatia independentemente dos outros mas apoiava o seu colega-de-asa em combate) esta não era apenas superior à tática russa de três caças em formação delta, mas como também foi mais tarde adaptada pelas maiores potências combatentes durante a Segunda Guerra Mundial, sendo atualmente ainda utilizada. Esta formação "quatro dedos" contribuiu para a incapacidade dos bombardeiros russos infligirem danos sequenciais contra posições finlandesas, cidades e reservas.
Simo Hayaa - O maior atirador de elite de todos os tempos (Sniper) 505 mortes confirmadas. Desde criança aprendeu a caçar para sobreviver, depois ganhou várias competições de tiros, mais tarde entraria para o exército finlandês. Destacando-se sempre como grande atirador. Na época da invasão Simo era fazendeiro e caçador e foi imediatamente convocado para o serviço ativo na frente de combate. Usava um fuzil soviético, o Mosin Nagan - modelo 28-30. Não usava mira telescópica por que o obrigava levantar e expor-se muito. Também evitava os clarões do sol que poderiam refletir na mira acusando a sua posição. Era dessa maneira que ele caçava e matava os snipers soviéticos. Ele tinha apenas 1,52 de altura e isso era uma vantagem na camuflagem. Mantinha sempre que possível neve na boca para que o vapor não denunciasse a sua posição. Vestia-se completamente de branco, inclusive o rosto para se confundir com a neve, logo os soviéticos o apelidaram de morte branca.
O Exército Vermelho fez de tudo para matá-lo enviando snipers quando desconfiavam de sua presença e também bombardeavam as posições onde ele poderia estar. As suas 505 mortes confirmadas foram atingidas em menos de 100 dias de combate, uma média de mais de 5 mortes por dia. No dia 06 de março de 1940, perto do fim da guerra de inverno, Hayaa se preparava para mais uma missão, o seu grupo foi atacado por um pelotão de soldados soviéticos, na troca de tiros foi atingido por um projétil explosivo do lado esquerdo do seu maxilar. Quando foi encontrado por seus companheiros estava inconsciente e metade do seu rosto não existia mais, ficou em coma por alguns dias, só recuperou os sentidos no dia 13 de março, data que a Finlândia se rendeu aos russos. Simo levou anos para se recuperar, passou o resto da vida criando cães e caçando alces no interior da Finlândia. Após a guerra procurou ficar longe dos holofotes, morreu em 2002 aos 96 anos.
Os Voluntários: Vários voluntários, incluindo Christopher Lee que mais tarde se transformaria em um grande ator de cinema viajaram para a Finlândia e entraram nas forças armadas finlandesas: 1010 dinamarqueses, 895 noruegueses, 346 finlandeses expatriados, e 210 voluntários de outras nacionalidades conseguiram chegar à Finlândia antes que a guerra terminasse. O mundo exprimiu um grande apoio à causa finlandesa. A Segunda Guerra Mundial não tinha realmente ainda começado e era vista pelo público como uma Guerra Falsa; nesta altura a Guerra de Inverno era a única luta real ao lado da invasão alemã e soviética da Polônia, e por isso um maior foco do interesse mundial. A agressão soviética era geralmente vista como totalmente injustificada. Várias organizações estrangeiras enviaram material de ajuda, tais como medicamentos. Vários imigrantes finlandeses nos Estados Unidos e no Canadá voltaram para casa.
A Suécia, que se tinha declarado como não-beligerante em vez de país neutro (como na guerra entre a Alemanha Nazi e as Potências Ocidentais) contribuiu com materiais militares, dinheiro, créditos, e ajuda humanitária. Talvez a acão mais significante tenha sido a Força Aérea Voluntária Sueca, em ação desde 7 de janeiro de 1940, com 12 caças, 5 bombardeiros, e outros 8 aviões, sendo um terço da força aérea sueca naquela altura. Pilotos e mecânicos voluntários tinham sido chamados. O aviador de renome Conde Carl Gustav von Rosen, parente de Hermann Göring, voluntariou-se independentemente. O Corpo Voluntário Sueco foi enviado para a Finlândia com 8.400 homens, começou a render cinco batalhões finlandeses em Märkäjärvi em fevereiro. Juntamente com os três batalhões finlandeses que ficaram, os corpos prepararam-se para um ataque de duas divisões soviéticas em março, 33 homens morreram na ação, entre eles o comandante da primeira unidade rendida, o Tenente-Coronel Magnus Dyrssen. O próprio Benito Mussolini decidiu ajudar a Finlândia, enviou cerca de 100 mil rifles e 35 caças Fiat G.50, que só não chegaram a tempo porque os alemães proibiram o trânsito de material militar para a Finlândia sobre o seu território e sobre o território polonês ocupado. A França também enviou milhares de rifles, munição, e alguns aviões Morane-Saulnier M.S.406. Os britânicos por sua vez venderam a prazo algumas dúzias de caças Gloster Gladiator.
Os momentos finais - Pelo final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os seus fornecimentos de munições. Adicionalmente a União Soviética tinha finalmente sido bem-sucedida em quebrar a Linha Mannerheim, anteriormente impenetrável. Tinha-se tornado claro que os russos já estavam suficientemente fartos da situação, e a Finlândia deveria negociar com a União Soviética. As baixas russas tinham sido enormes e a situação era fonte de um embaraço político para o regime soviético. Com a primavera a chegar, as forças russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas, e um esboço de acordo de paz foi apresentado à Finlândia em 12 de fevereiro. Não só os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os suecos, que temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês hesitava em face às duras condições, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas regulares suecas. Finalmente a 29 de fevereiro de 1940, o governo finlandês tinha concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha avançado de 10 a 15 quilômetros na Linha Mannerheim e tinha entrado nos subúrbios de Viipuri.
Foi uma enorme carnificina, mas os russos encerrariam a Guerra de Inverno em 12 de março de 1940, mas ao custo de uma grande vergonha, isso provocou em Hitler (o suposto aliado dos russos) a certeza de que o exército russo era fraco e despreparado e que seria incapaz de resistir a uma rápida invasão do Exército Alemão. A Guerra durou quase quatro meses (30 novembro de 1939 a 13 de março de 1940). A guerra tinha temperaturas extremamente baixas, entre 20 e 40 graus negativos. Foi um desastre para a União Soviética - Ambos os lados perderam e ganharam na guerra. A União Soviética fez um acordo com os finlandeses, 10% do território cedido aos russos incluindo 20% da capacidade industrial. Os finlandeses conseguiram manter a sua soberania e se mantiveram independentes, a União Soviética não conseguiu cumprir com os seus objetivos de conquistar a Finlândia inteira. Ela foi expulsa da Liga das Nações e vista com maus olhos pelo mundo. O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente, como previam, deve-se por um lado aos expurgos de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e por outro lado ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Carl Gustaf Emil Mannerheim.
Os soviéticos tiveram 170 mil mortos e 190 mil feridos, praticamente quase a metade do contingente enviado para a campanha. A resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (3 soviéticos para 1 finlandês). A Guerra de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética. Contudo, Stálin aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controle sobre o Exército Vermelho já não era possível. Após a Guerra de Inverno, o Kremlin iniciou o processo de reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar as suas forças, uma decisão que viria a permitir que os soviéticos resistissem à invasão alemã. O resultado da guerra foi misto. Embora as forças soviéticas finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa, nenhum lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a posição internacional do país sofreu.
O Armistício - O tratado de paz de 12 de março de 1940 impediu as preparações franco-britânicas de envio de apoio para a Finlândia através do norte da Escandinávia (a campanha Aliada na Noruega) que impediria também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha Nazista da Dinamarca e da Noruega a 9 de abril de 1940 (Operação Weserübung) desviou a atenção do mundo para a luta pelo controle da Noruega. No Tratado de Paz de Moscou de 12 de março, a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês. Cerca de 442.000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e civis foram rapidamente evacuados devido aos termos do tratado, e apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética. A Finlândia teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A península de Hanko foi também emprestada à União Soviética como uma base militar por 30 anos. Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, aliados ocidentais e dos suecos em particular parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses.
Apenas em 1941, um ano mais tarde, a guerra entre finlandeses e soviéticos continuaria. o Exército Alemão invadiu a União Soviética e os finlandeses se aliaram aos alemães na Guerra da Continuação, mas esse já é um assunto para outro podcast.
Perdas Soviéticas:
167 976 mortos ou desaparecidos
207 538 feridos
5 572 capturados
Quase 3 000 tanques perdidos
515 aeronaves perdidas
Perdas Finlandesas:
25 904 mortos
43 557 feridos
800 – 1 100 capturados
30 tanques perdidos
62 aeronaves perdidas
Desfecho
Tratado de Paz de Moscou
Independência da Finlândia mantida
Líderes e comandantes Finlandeses
Kyösti Kallio
Risto Ryti
Marechal Carl Mannerheim
Líderes e comandantes soviéticos
Josef Stálin
Kirill Meretskov
Kliment Vorochilov
Semyon Timoshenko
Referências:
Filme:
Talvisota - 1990 - Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro
Livros em português:
Guerra da Finlândia - Inverno de Sangue - Coleção História Ilustrada da Segunda Guerra Mundial - 1975 - Onde comprar: Estante Virtual
1939 - Finlândia contra URSS: guerra na neve. Volume 3 - Coleção 70º Aniversário da Segunda Guerra Mundial. Editora Abril - 2009 - Onde comprar: Amazon
Vídeo Documentário no youtube sobre a Guerra de Inverno - https://www.youtube.com/watch?v=eqHANlJFiw8