Em abril o general Julian Byng, do 10º Regimento de Cavalaria
Hussardo, liderou o Corpo
Canadense e venceu
a batalha da
Colina de Vimy
Ridge contra os
alemães; no primeiro dia
da batalha de
Arras. Entretanto a Ofensiva de Arras foi cancelada em maio por causa da
forte resistência alemã.
Cinco grandes túneis foram escavados debaixo dos alemães na Colina de
Messines, ali foram colocados 455 toneladas de
minas explosivas. Entre os dias 26 de maio e 6 de junho,
a artilharia britânica
disparou mais de 3 milhões
de projéteis causando
grandes danos na artilharia
germânica em Messines.
No dia 07 de junho, as minas foram detonadas mandando os alemães pelos
ares; em seguida o 2º Exército britânico do general Herbert Plummer atacou o
que restara das posições
alemãs.
No dia 14, reservas alemãs contra-atacaram. O major irlandês Wiliam
Redmond foi morto, Willie foi um dos muitos irlandeses que serviram no Exército
britânico. Apesar das perdas os ingleses se saíram vitoriosos consolidando a
vitória em Messines.
O navio Lusitânia havia sido torpedeado por um submarino alemão,
provocando a morte de muitos americanos. Qualquer navio-civil ou militar, que se
aproximasse da Inglaterra era destruído pelos alemães com seus submarinos
U-Boats. A intenção era matar os britânicos de fome, interceptando o
fornecimento de suprimentos.
Agentes alemães provocavam sabotagem nos portos americanos, só que um
erro político dos germânicos colocou os americanos na guerra. Os ingleses
interceptaram o telegrama codinome “Zimmermann” no qual os alemães
tentavam colocar o México contra os Estados Unidos. Deixando os
norte-americanos ocupados com seu vizinho, a
ponto de não se envolver
em uma guerra
na Europa.
O tiro acabou saindo pela culatra, pois colocou os americanos na guerra.
O plano mexicano acabou sendo abandonado pelos alemães. Em seguida, a China e o
Brasil se uniram aos Estados Unidos, entrando em guerra contra o Império Alemão.
O general americano John Pershing foi designado para comandar os
soldados americanos que seriam enviados para a França, para salvar os aliados.
Pershing tinha grande experiência em combate, havia lutado contra as milícias
do líder mexicano Pancho Villa, expulsando os revolucionários e ferindo Pancho
que foi obrigado a esconder-se.
O general estadunidense solicitou três milhões de homens para colocar um
fim na campanha contra os alemães, que deveria ser concluída em dois anos.
Quatro milhões de recrutas estavam alistados no Exército americano e logo
muitos começaram a embarcar para a França. Os navios americanos partiam de Nova
York e desembarcavam em Liverpool e Glasgow na Inglaterra; depois atravessavam
o Canal da Mancha para aportar em Saint Nazaire e Brest. Três desses navios que
levavam americanos foram torpedeados por submarinos alemães provocando a morte
de quase 200 vidas.
No dia 04 de julho, as primeiras tropas americanas desfilaram pela
Champys-Elisée comemorando o Dia da Independência Americana. Os soldados
americanos se intitularam “Doughboys”
e passaram a ser chamados assim por toda a França. Os civis franceses estavam
desesperados e quando os americanos chegaram foi uma grande festa, a esperança
havia sido renovada.
Em setembro de 1917, o general Pershing estabeleceu seu Quartel General
em Chaumont na região do Marne. O general era conhecido por toda parte como “Black Jack” (Jaqueta Negra) há muito
tempo recebera essa alcunha, pois havia sido comandante do regimento americano
Búffalo Soldiers, que era constituído só de negros, daí o motivo do apelido, o
único branco entre negros.
Na França Pershing enfrentou muitos obstáculos, os generais americanos
estavam descontentes com sua indicação, visto que alguns deles possuíam maior
autoridade dentro do Exército. Entretanto o presidente Wilson outorgou a
Pershing a salvação da França, por que sabia que ele era o mais indicado para a
missão.
Por causa da inveja de seus colegas Pershing enfrentou problemas.
Logística inadequada para desembarcar e treinar seus soldados na França. Ele
teve que reestruturar todo seu Estado-Maior, apenas pessoas de confiança
passaram a trabalhar no seu gabinete. Os problemas não pararam por aí, ingleses
e franceses não estavam dispostos a receber os americanos como força
independente. Pretendiam usá-los para repor suas unidades nas trincheiras, uma
guerra de lama e sangue que já se estendia por três anos.
Pershing não suportava o método de guerra das trincheiras, pois
acreditava que havia meios para romper com a estagnação. Teve duras discussões
com o general Douglas Haig, e também com o Primeiro Ministro francês Clemenceau.
Em contrapartida ganhou admiração de Jofre e de Pétain, sabia que precisa deles
para vencer a guerra e deveria ouvir seus conselhos.
Embora o Exército americano tivesse muita vontade de lutar e terminar
com a paralisação, não tinha experiência naquela guerra de trincheiras; isso se
revelaria um problema, mas eles aprendiam rápido.
Os franceses estavam além do limite de suas forças, grande parte do exército
havia se amotinado há pouco tempo, e os britânicos estavam cansados de tanta
lama e sangue que cobriam suas vidas; principalmente nas batalhas do Somme e
Ypres. Se os americanos não entrassem em combate rápido tudo estaria perdido.
Arthur Zimmerman - Ministro do Império Alemão
General John Pershing
Doughboys - Soldados Norte-Americanos na França
Presidente Wilson
Soldados negros dos Estados Unidos da América
O Telegrama Zimmerman
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