quarta-feira, 27 de setembro de 2017

OS ESTADOS UNIDOS ENTRAM NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

TRECHO DO ROMANCE  "DO ORGULHO NASCE A GUERRA" DE MAX WAGNER QUE RETRATA A ENTRADA DOS E.U.A. NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.



Em abril o general Julian Byng, do 10º Regimento de  Cavalaria  Hussardo, liderou  o  Corpo  Canadense  e  venceu  a  batalha  da  Colina  de  Vimy  Ridge  contra  os  alemães; no  primeiro  dia  da  batalha  de  Arras. Entretanto a Ofensiva de Arras foi cancelada em maio por causa da forte resistência alemã.

Cinco grandes túneis foram escavados debaixo dos alemães na Colina de Messines, ali foram colocados 455 toneladas de  minas explosivas. Entre os dias 26 de maio e 6 de  junho,  a  artilharia  britânica  disparou mais  de 3 milhões de  projéteis  causando  grandes  danos na  artilharia  germânica  em  Messines.

No dia 07 de junho, as minas foram detonadas mandando os alemães pelos ares; em seguida o 2º Exército britânico do general Herbert Plummer atacou  o  que  restara das  posições  alemãs.

No dia 14, reservas alemãs contra-atacaram. O major irlandês Wiliam Redmond foi morto, Willie foi um dos muitos irlandeses que serviram no Exército britânico. Apesar das perdas os ingleses se saíram vitoriosos consolidando a vitória em Messines.

O navio Lusitânia havia sido torpedeado por um submarino alemão, provocando a morte de muitos americanos. Qualquer navio-civil ou militar, que se aproximasse da Inglaterra era destruído pelos alemães com seus submarinos U-Boats. A intenção era matar os britânicos de fome, interceptando o fornecimento de suprimentos.

Agentes alemães provocavam sabotagem nos portos americanos, só que um erro político dos germânicos colocou os americanos na guerra. Os ingleses interceptaram o telegrama codinome “Zimmermann” no qual os alemães tentavam colocar o México contra os Estados Unidos. Deixando os norte-americanos ocupados com seu vizinho, a  ponto  de  não  se  envolver  em  uma  guerra  na  Europa.

O tiro acabou saindo pela culatra, pois colocou os americanos na guerra. O plano mexicano acabou sendo abandonado pelos alemães. Em seguida, a China e o Brasil se uniram aos Estados Unidos, entrando em  guerra  contra o Império  Alemão.

O general americano John Pershing foi designado para comandar os soldados americanos que seriam enviados para a França, para salvar os aliados. Pershing tinha grande experiência em combate, havia lutado contra as milícias do líder mexicano Pancho Villa, expulsando os revolucionários e ferindo Pancho que foi obrigado a esconder-se.

O general estadunidense solicitou três milhões de homens para colocar um fim na campanha contra os alemães, que deveria ser concluída em dois anos. Quatro milhões de recrutas estavam alistados no Exército americano e logo muitos começaram a embarcar para a França. Os navios americanos partiam de Nova York e desembarcavam em Liverpool e Glasgow na Inglaterra; depois atravessavam o Canal da Mancha para aportar em Saint Nazaire e Brest. Três desses navios que levavam americanos foram torpedeados por submarinos alemães provocando a morte de quase 200 vidas.

No dia 04 de julho, as primeiras tropas americanas desfilaram pela Champys-Elisée comemorando o Dia da Independência Americana. Os soldados americanos se intitularam “Doughboys” e passaram a ser chamados assim por toda a França. Os civis franceses estavam desesperados e quando os americanos chegaram foi uma grande festa, a esperança havia sido renovada.

Em setembro de 1917, o general Pershing estabeleceu seu Quartel General em Chaumont na região do Marne. O general era conhecido por toda parte como “Black Jack” (Jaqueta Negra) há muito tempo recebera essa alcunha, pois havia sido comandante do regimento americano Búffalo Soldiers, que era constituído só de negros, daí o motivo do apelido, o único branco entre negros.

Na França Pershing enfrentou muitos obstáculos, os generais americanos estavam descontentes com sua indicação, visto que alguns deles possuíam maior autoridade dentro do Exército. Entretanto o presidente Wilson outorgou a Pershing a salvação da França, por que sabia que ele era o mais indicado para a missão.

Por causa da inveja de seus colegas Pershing enfrentou problemas. Logística inadequada para desembarcar e treinar seus soldados na França. Ele teve que reestruturar todo seu Estado-Maior, apenas pessoas de confiança passaram a trabalhar no seu gabinete. Os problemas não pararam por aí, ingleses e franceses não estavam dispostos a receber os americanos como força independente. Pretendiam usá-los para repor suas unidades nas trincheiras, uma guerra de lama e sangue que já se estendia por três anos.

Pershing não suportava o método de guerra das trincheiras, pois acreditava que havia meios para romper com a estagnação. Teve duras discussões com o general Douglas Haig, e também com o Primeiro Ministro francês Clemenceau. Em contrapartida ganhou admiração de Jofre e de Pétain, sabia que precisa deles para vencer a guerra e deveria ouvir seus conselhos.

Embora o Exército americano tivesse muita vontade de lutar e terminar com a paralisação, não tinha experiência naquela guerra de trincheiras; isso se revelaria um problema, mas eles aprendiam rápido.

Os franceses estavam além do limite de suas forças, grande parte do exército havia se amotinado há pouco tempo, e os britânicos estavam cansados de tanta lama e sangue que cobriam suas vidas; principalmente nas batalhas do Somme e Ypres. Se os americanos não entrassem em combate rápido tudo estaria perdido.


Arthur Zimmerman - Ministro do Império Alemão


General John Pershing







                 Doughboys - Soldados Norte-Americanos na França
                         
                                   

Presidente Wilson



                      Soldados negros dos Estados Unidos da América


O Telegrama Zimmerman




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